quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Los 33




Uma idéia bobinha, mas que teve lá sua repercussão. O mashup poderia ter um final melhor. Depois de ver o vídeo acima, clique aqui e vai saber do que estou falando.



terça-feira, 12 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ant Movie Catalog



Renato Cordeiro

Quando sua coleção de filmes passa de algumas centenas, aquele velho catálogo feito em word ou excel começa a não dar conta de todas as consultas que você queira fazer. Não que seja impossível compor uma belíssima tabela em softwares tradicionais, mas pra quê forçar a barra quando dá pra conseguir tudo prontinho e de graça?

Comecei a usar o Ant Movie Catalog pouco depois do final do ano passado, após uma pane no computador que me fez perder uma relação de filmes feita no word. Foi um reveillon péssimo, mas você não precisa de mais rodeios. O fato é que busquei informações em fóruns sobre alguns programas de catalogação, e optei pelo AMC. Clique na imagem acima e vai perceber o cursor do mouse apontado para o principal recurso do programa, que é o de capturar quaisquer informações que desejar em sites de sua preferência - sendo que o onipotente IMDB está entre eles.



Outras funções do AMC incluem:

- O controle dos empréstimos de filmes;
- Gerar estatísticas diversas a respeito da sua coleção, tratando de categorias como diretores, países de origem, atores, etc;
- Exportar as informações em formatos como excel e html (ver foto acima). Só faltou opção em pdf;
- Imprimir a lista de filme com layouts prontos ou usar as ferramentas do software para criar o seu.

Como se não bastasse, o AMC é gratuito. Clique aqui para o download.




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sábado, 9 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


Tropa de Elite 2 (Brasil, 2010). Direção de José Padilha. Com Wagner Moura, André Ramiro, Maria Ribeiro, Irandhir Santos, Milhem Cortaz, Pedro Van Held, Tainá Müller, Sandro Rocha, André Mattos, Seu Jorge.


Renato Cordeiro

Tropa de Elite 2 conseguiu o raro feito de estar à altura das imensas expectativas depositadas em uma continuação. Não apenas o personagem de Wagner Moura está mais maduro. O filme em si é mais complexo, mergulha muito mais profundamente nas causas do problema da segurança pública, aquilo que o obstinado policial chama de O Sistema.

Agora, Roberto Nascimento é Coronel do BOPE, cargo que não dura 20 minutos do filme, já que uma operação fracassada o leva a ser afastado do batalhão. Mas o sujeito, dono de uma astúcia maquiavélica, consegue sutilmente promover a própria imagem a ponto de ascender ao posto de subsecretário de segurança pública. No começo, a mudança parece ter sido pra melhor, já que o batalhão se torna uma máquina de guerra. Mas aos poucos, a situação reitera um dos argumentos principais do primeiro filme, o de que a guerra contra o crime estaria ganha, não fossem as pessoas e interesses que movimentam o jogo.

O desempenho de Wagner Moura é fantástico. A maquiagem faz apenas uma parte do processo de envelhecimento do personagem, que é composto meticulosamente, como de hábito na carreira do intérprete. Ele caminha quase como se tivesse levado um tiro em uma das pernas, em tempos idos. A respiração é mais ofegante e ruidosa. As pálpebras estremecem quando não consegue explicitar as emoções, especialmente quando diante do filho adolescente. No desenrolar da trama, o anti-herói que escandalizou o país em 2007 se torna uma figura mais confortável para o espectador.

Tropa de Elite 2 dificilmente terá diálogos fascistas ganhando as ruas, como ocorreu na obra anterior. O filme é mais conciliador, quase propositivo, e chega a forçar a barra eventualmente, em situações um tanto inverossímeis. Não que a obra deixe de lado a expectativa de uma catarse violenta, quando o público usará os punhos e as armas de Nascimento para fazer com os políticos corruptos o que lhe é negado na vida real. Ou melhor, o que o público não faz por que não quer, já que o voto deveria ser uma arma para acabar com o problema, em vez de preservá-lo.

O trabalho de Jodé Padilha começa com legendas que afirmam se tratar apenas uma obra de ficção, como se não estivesse apontando o dedo para quem é de direito. Mas aponta, sim. Estão lá os currais eleitorais em forma de favelas onde apenas determinados candidatos conseguem transitar, as milícias que dominam regiões inteiras com mão-de-ferro, e o papel irresponsável da mídia, que explora a tragédia diária da população com interesses ora comerciais, ora políticos, sempre condenáveis. Até a lei da ficha limpa é citada. E houve quem pensasse que faltaria assunto para um segundo Tropa de Elite.

Nota: 9,0 (de dez)




sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Matt Damon Collection e Trilogia Bourne



Renato Cordeiro

O Soldado Ryan está quarentão. O ator que ganhou Oscar de Melhor Roteiro por Gênio Indomável tem um box dedicado a ele, Matt Damon Collection, com 4 filmes: Os Infiltrados, Syriana - A Indústria do Petróleo, Onze Homens e Um Segredo e Doze Homens e Outro Segredo. O preço é bem em conta, embora não seja lá uma seleção muito inspirada, quando se considera a carreira de um ator que soube dosar bem a carreira recheada de blockbusters com sucessos de crítica. A trilogia iniciada com Onze Homens e Um Segredo é bem simpática, mas convenhamos, não é exatamente um momento brilhante para os atores envolvidos. Damon é tão coadjuvante nestes filmes quanto foi em Syriana. Os Infiltrados, de Martin Scorsese, é o único filme do box no qual ele teve de fato um papel de destaque.

É o problema dos boxes. Como pertencem a uma companhia específica, a possibilidade de f
azer uma seleção realmente satisfatória torna-se muito reduzida. No caso, o conjunto traz apenas filmes da Warner, o que deixa de fora trabalhos bem mais relevantes de Matt Damon. Gênio Indomável é distribuído pela Paris Vídeo, enquanto O Resgate do Soldado Ryan e O Talentoso Mr. Ripley pertencem à Paramount.



Uma opção bem mais interessante é Trilogia Bourne, uma execelente série de ação baseada nos livros de Robert Ludlum. O box da Universal por ser encontrado pelo mesmo valor do Matt Damon Collection, 40 reais. Vem com um filme a menos, mas se o que interessa é comprar algo mais relevante sobre o ator, o box saga do agente desmemoriado é a melhor escolha.





quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Hawking Tem Razão - As Invasões Alienígenas no Cinema



Renato Cordeiro


O renomado cientista Stephen Hawking causou polêmica ao se posicionar contra um antigo sonho da humanidade: o de fazer os chamados contatos imediatos com extraterrestres. O cosmólogo afirmou que as chances são muito boas (ou ruins, de certo modo) de que eles queiram se apropriar de nossos recursos e que sejam até bem hostis. E já que a arte imita a vida, mesmo aquela fora da Terra, aqui vai uma lista de filmes que reforçam a posição de Hawking.






A Experiência (Species, EUA, 1995) - No longa-metragem, os aliens respondem à famosa Mensagem de Arecibo e fornecem dados que permitem a combinação do DNA humano e alienígena. Algum imbecil decide que esta é uma ótima idéia.
Lição: A história do filme, basicamente, trata se uma loira maravilhosa que sai à caça de um reprodutor. Mas era bom demais pra ser verdade.

Vampiros de Almas (Invasion of Body Snatchers, EUA, 1956) - Esqueça o título: não tem Drácula nem mordedor de sangue que brilha feito purpurina ao sol. O problema aqui são os turistas espaciais, que encarnam cópias dos habitantes de uma cidadezinha.
Lição: Não perca tempo com o Complexo de Cassandra.

O Predador (Predator, EUA, 1987) - Enquanto alguns aliens vêm à Terra com fins colonizadores/exploratórios/totalitaristas, tem muito bicho por aí que vem à Terra para caçar e se amarra em crânios humanos.
Lição: Se você é escoteiro, beleza. Se não, arma a ratoeira de casa e vai rezando.




Marte Ataca! (Mars Attacks!, EUA, 1996) - O filme mostra o despreparo do planeta em receber os extra-terrestres. A começar pelo presidente dos Estados Unidos, um belo exemplar de erro da natureza.
Lição:
Um monte de gente burra foi recepcionar os ilustres visitantes que davam as caras na Terra pela primeira vez. Nem o pombo da paz sobreviveu pra contar a história.

Independence Day (EUA, 1996) - Como se não bastasse ter um monte de nave alienígena detonando várias cidades, ainda tivemos de engolir os Estados Unidos posando de salvadores da pátria, liderados por um presidente metido a Flash Gordon.
Lição: Em caso de invasão alienígena, nada de sair de carro em ruas engarrafadas. Tomara que a invasão não seja na hora do rush...



Eles Vivem (They Live, EUA, 1988) -Desta vez, os aliens já estão na Terra, em situação extremamente confortável, diga-se de passagem. Eles conseguem subjugar a consciência da raça humana com uma eficaz transmissão subliminar que só perde o efeito para quem porta óculos especiais.
Lição: Se você não encontrou óculos especiais, filie-se ao partido comunista/socialista mais próximo.

Sinais (Signs, EUA, 2002) - Se você é um fazendeiro conservador e não quer ver integrantes do MST nem pintados de ouro, espere para se contorcer por dentro ao ver o estrago que os aliens fizeram na propriedade do Mel Gibson.
Lição: Em caso de invasão alienígena, providencie uma daquelas armas que espirram água.



MIB - Homens de Preto (Man In Black, EUA, 1997) - Foram-se os bons tempos em que os Estados Unidos se preocupavam apenas com imigrantes ilegais vindos do México.
Lição: Faça um plano de previdência privada.

Guerra dos Mundos (War of The Worlds, EUA, 2005) - Hawking trouxe à tona um assunto que o escritor H.G. Wells já havia tratado há muito tempo. O livro já virou programa de rádio com Orson Welles e vários filmes. Se formos subjugados, não será por falta de aviso.
Lição: Mantenha um bom amigo mecânico sempre perto de você.

Fogo No Céu (Fire In The Sky, EUA, 1003) - O filme retrata um suposto caso de abdução ocorrido nos EUA. Um sujeito é levado pelos aliens para experimentos, enquanto os amigos que estavam com ele, desacreditados, são acusados de homicídio.
Lição: Não seja uma celebridade. No Brasil, a frequência com que a categoria é levada por ET's é simplesmente alarmante.










domingo, 3 de outubro de 2010

O Passado Não Perdoa


O Passado Não Perdoa (The Unforgiven, EUA, 1960). Direção de John Huston. Com Burt Lancaster, Audrey Hepburn, Audie Murphy, John Saxon, Charles Bickford, Lillian Gish.


Renato Cordeiro

Vi poucos filmes com a musa Audrey Hepburn. Depois dos obrigatórios A Princesa e o Plebeu e Bonequinha de Luxo, soube que a namoradinha da sétima arte havia estrelado um faroeste, tipo de filme que é estadunidense por excelência. Vale a curiosidade, mas não muito mais do que isso.

O longa começa com a bela na pele de Rachel, uma jovem tão meiga que faria a Noviça Rebelde ter censura 18 anos. A moça cumprimenta os animais do rancho onde mora quando avista um homem com cara de poucos amigos, que sugere saber muito mais sobre a vida pregressa da donzela do que ela própria. O incidente faz com que a família de Rachel fique em alerta e passe a atrair a desconfiança da comunidade e a hostilidade dos índios.

Burt Lancaster é o destaque, com uma carranca que convém ao rosto do ator, no papel do irmão de Hepburn. Os dois se amam em segredo e levam boa parte do tempo se provocando de maneira quase infantil, embora com certa sutileza. O personagem concentra algumas das cenas mais inverossímeis do longa, a exemplo da maneira absurda como resolve verificar se um grupo de índios nas imediações oferece algum perigo.

Huston filma de forma um tanto burocrática, sem grandes atrativos e consegue até mesmo fazer do conflito final algo tedioso. A trama patina ainda por centrar o foco na família Zachary em vez de investir mais na interação tensa que se estabelece com a população da cidadezinha. Sem o elenco e o nome do cineasta, O Passado Não Perdoa seria um western B.

Nota: 5,0 (de dez)