quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Escorregando para a Glória


Escorregando para a Glória (Blades of Glory, EUA, 2007) Direção de Josh Gordon e Will Speck. Com Will Ferrell, Jon Heder, Will Arnett, Amy Poehler, Jenna Fischer, William Fichtner, Craig T. Nelson, Romany Malco, Nick Swardson, Scott Hamilton, Andy Richter, Greg Lindsay, Rob Corddry.


Renato Cordeiro

O pôster não é lá muito convidativo, o título brasileiro é sofrível e o produtor é o mesmo do irregular Com a Bola Toda. Motivos de sobra para o espectador desistir de ver Escorregando Para a Glória. Mas ainda que seja outra paródia d
o mundo do esporte, o filme apresenta resultados bem superiores, graças a uma história adequadamente esdrúxula, que tira bom proveito dos atores principais. É um daqueles trabalhos que faz por merecer o selo "não mudará sua vida, mas diverte".

Dois grandes patinadores de gelo se vêem obrigados a unir forças em uma competição para duplas. O primeiro problema é que eles são rivais fervorosos, que terão de aprender a pôr as diferenças de lado. O segundo problema é que são homens, os primeiros a formar dupla em um grande evento da modalidade. É claro, o plot abre caminho para cenas de constrangimento em tons de homofobia que rendem as melhores cenas do filme, especialmente durante os treinamentos dos rivais.

Will Ferrell está particularmente bem, enquanto Jon Heder arrancaria risos até involuntariamente. Além deles, destaque para o veterano Craig T. Nelson, vivendo o treinador que ajuda-os a se preparar para coreografias absolutamente hilárias, embaladas por canções selecionadas para tornar as passagens ainda mais hilárias, incluindo hits do Queen e Aerosmith.

A produção é feliz em dar ao filme um tom de seriedade que torna a experiência ainda mais engraçada, levando a cenas gostosamente ridículas, como aquele em que o par central treina uma perigosa manobra sob orientações do mentor e uma trilha sonora em tom heróico. Outra grande qualidade
de Escorregando Para a Glória é a economia: são apenas bem utilizados 93 minutos de projeção, menos que bombas como Vovó Zona 2 e outras películas do gênero que mais parecem instrumentos de tortura.

Nota: 7,0 (de dez)








Nenhum comentário:

Postar um comentário