segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Noite de Ano Novo


Noite de Ano Novo (New Year's Eve, EUA, 2011). Direção de Garry Marshall. Com Hilary Swank, Katherine Heigl, Jon Bon Jovi, Michelle Pfeiffer, Zac Efron, Robert De Niro, Halle Berry, Ashton Kutcher, Lea Michele, Jessica Biel, Seth Meyers, Sarah Paulson, Til Schweiger, Sarah Jessica Parker, Abigail Breslin, Josh Duhamel, Ludacris, Hector Elizondo, Sofía Vergara, Carla Gugino, Cary Elwes, Alyssa Milano, Common, James Belushi, Matthew Broderick, Penny Marshall.


Renato Cordeiro

Se você é do tipo que julga o filme pelo que pode ler no pôster, vale a pena refletir um pouco mais sobre o que pode esperar de certas produções, como este longametragem de Garry Marshall. O diretor é o mesmo do divertido Uma Linda Mulher, mas também assinou o criticado Idas e Vindas do Amor, que tem parentesco direto com este Noite de Ano Novo. São comédias românticas que colam diversas tramas paralelas, categoria que tem o inglês Simplesmente Amor entre os poucos exemplares que se salvam. E se o elenco é estrelado, vale perceber que a maior parte dos atores se divide entre astros recentes, como Til Schweiger e Abigail Breslin, e aqueles que, mesmo premiados, comprovam que não estão nos momentos mais brilhantes das carreiras, como Robert De Niro e Halle Berry.

É claro, um filme não é feito de referências. Com todos os componentes supracitados, Noite de Ano Novo poderia ainda ser um grande trabalho, contrariando todas as expectativas. Mas, como vem ocorrendo constantemente na Terra do Tio Sam, falta a esta obra uma boa razão pra existir. A produção aposta em fórmulas e falha miseravelmente em cada uma delas. Para começar, se a escolha do elenco parece apelativa, não é por acaso. Vamos tomar como exemplo o par vivido por Ashton Kutcher, que dava uma pausa na série Two and a Half Man, e Lea Michelle, uma das atrizes-cantoras de Glee. Pelo histórico de personagens já vividos pelos atores, espera-se que Kutcher seja um sujeito excêntrico e Michelle, algo que, por um motivo qualquer, canta. Dito e mal feito. Nem eles nem os colegas de elenco conseguem papéis que acrescentem algo de novo aos respectivos repertórios.

E se em certos filmes que costuram tramas paralelas podemos perceber uma ou duas histórias interessantes, o longa de Marshall não conta com sequer um momento que escape do medíocre, do previsível, do piegas. Talvez uma parte do problema esteja no discurso de renovação e redenção associado à virada do ano, uma premissa que, ao ser levada às últimas consequências pelo roteiro, amarra cada história em um desenvolvimento forçado, capaz até de esfriar duas surpresas que o longa reserva no terço final, envolvendo os destinos de quatro personagens.


Nota: 4,0 (de dez)










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