sábado, 26 de março de 2011

WAZ - Matemática da Morte


Waz - Matemática da Morte (w Delta z, Reino Unido, 2007). Direção de Tom Shankland. Com Stellan Skarsgård, Melissa George, Tom Hardy, Selma Blair, Barbara Adair, Peter Ballance, Sally Hawkins.


Renato Cordeiro

Stellan Skarsgård é a melhor coisa de Waz. Não se se trata de um grande filme, é um típico suspense de serial killer, correto, com alguns bons momentos. Mas o protagonista é interessante e interpretado com desenvoltura por este ator sueco, que costuma dar as caras em Hollywood em papéis pequenos, em longas como Gênio Indomável, Piratas do Caribe e A Caçada ao Outubro Vermelho.

Skarsgård vive Eddie Argo, um detetive veterano, cansado e deprimido, às voltas com uma série de assassinatos de membros de uma gangue local. Todos são encontrados com sinais de tortura e uma fórmula inscrita nos corpos, e não demora para que a jovem parceira perceba que o policial sabe mais do que aparenta sobre o caso.

Desde os primeiros minutos em cena, Skarsgård, através de Argo, convida o espectador a uma incursão em meio a tipos perdidos e violentos. Eles recebem do detetive uma certa compaixão, inusitada para um policial, que vai fazendo mais sentido à medida que a trama se desenrola. Pena que o longa-metragem não ajude a despertar no público o mesmo grau de interesse por outros personagens. Mesmo a policial que acompanha Eddie pouco tem a oferecer, até como contraponto às nebulosas motivações do colega.

O espectador vai lembrar de obras como Jogos Mortais e Seven, mas sem o sadismo do primeiro nem a elegância do segundo. É um filme mais duro, seco e que se desdobra de maneira convencional, mas coerente.

Nota: 6,0 (de dez)






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