Os Abutres Têm Fome (Two Mules for Sister Sara, EUA, México, 1970). Direção de Don Siegel. Com Clint Eastwood, Shirley MacLaine, Manuel Fábregas, Alberto Morin, Armando Silvestre.
A reunião de nomes tão estrelados do western poderia ter rendido um filme melhor. O longa conta com um dos maiores astros do gênero, Clint Eastwood e roteiro de Budd Boetticher, cineasta que entendia do riscado, além da direção de Don Siegel, para quem vale o mesmo comentário. Isso, fora o semideus Ennio Morricone na composição da trilha sonora. O descompasso entre potencial e resultado pode ser explicado, talvez, pela natureza do trabalho, que investe nos aspectos cômicos da interação do par central, com resultados aquém dos desejados.
A trama acompanha o mercenário Hogan, que em um golpe de sorte, salva a freira Sara de malfeitores. Ela tem muitas informações sobre o quartel que ele planeja invadir, o que motiva o improvável casal a seguir em uma jornada até o grupo de juaristas com quem pretendem executar o plano. O conflito sexista que se poderia esperar é sufocado pelo hábito vestido por Shirley McClane, atriz de beleza clássica que não consegue salvar a personagem de ser um tanto irritante em boa parte do longa. Não por acaso, os poucos e breves bons momentos entre os dois ocorrem quando a religiosa se destempera. De resto, o espectador pode ter risos ainda mais amarelos que a escaldante paisagem fotografada com competência por Gabriel Figueroa.
A história reserva ainda uma reviravolta no terço final do filme, tardia a ponto de ser incapaz de tornar o conflito entre Hogan e Sara mais interessante. Já as sequências de ação, que poderiam redimir o trabalho, são mornas e não empolgam, apesar da numerosa quantidade de tiros e explosões. É possível encontrar mais tensão e gargalhadas no ataque de Jason Robards ao trem tomado por bandidos em Era Uma Vez no Oeste do que em todo Os Abutres Têm Fome.
Nota: 5,0 (de dez)
A trama acompanha o mercenário Hogan, que em um golpe de sorte, salva a freira Sara de malfeitores. Ela tem muitas informações sobre o quartel que ele planeja invadir, o que motiva o improvável casal a seguir em uma jornada até o grupo de juaristas com quem pretendem executar o plano. O conflito sexista que se poderia esperar é sufocado pelo hábito vestido por Shirley McClane, atriz de beleza clássica que não consegue salvar a personagem de ser um tanto irritante em boa parte do longa. Não por acaso, os poucos e breves bons momentos entre os dois ocorrem quando a religiosa se destempera. De resto, o espectador pode ter risos ainda mais amarelos que a escaldante paisagem fotografada com competência por Gabriel Figueroa.
A história reserva ainda uma reviravolta no terço final do filme, tardia a ponto de ser incapaz de tornar o conflito entre Hogan e Sara mais interessante. Já as sequências de ação, que poderiam redimir o trabalho, são mornas e não empolgam, apesar da numerosa quantidade de tiros e explosões. É possível encontrar mais tensão e gargalhadas no ataque de Jason Robards ao trem tomado por bandidos em Era Uma Vez no Oeste do que em todo Os Abutres Têm Fome.
Nota: 5,0 (de dez)
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