domingo, 14 de agosto de 2011

Até Que a Morte Nos Separe


Até Que a Morte Nos Separe (The Gingerbread Man, EUA, 1998) Direção de John Grisham. Com Kenneth Branagh, Embeth Davidtz, Robert Downey Jr., Daryl Hannah, Tom Berenger, Famke Janssen, Robert Duvall.


Renato Cordeiro

De todos as adaptações para o cinema feitas a partir de uma trama de Jom Grisham, Até Que A Morte Nos Separe é talvez a mais decepcionante. Apesar do elenco acima da média e o comando do renomado cineasta Robert Altman, o longa é burocrático e previsivel. Lembra uma daquelas sessões televisivas de filmes policiais de sábado à noite, que fazem você se dar conta de que devia mesmo ter saído de casa.

Ao contrário do que ocorreu com A Firma, Tempo de Matar e O Dossiê Pelicano, este trabalho não foi baseado em um livro, mas em uma história do escritor que se tornou famoso pelas tramas centradas em assuntos do direito. Desta vez a narrativa é mais policialesca e traz um advogado que, movido pela paixão por uma mulher com quem teve um caso de uma noite, se lança em uma cruzada para proteger a moça, filha de um sujeito com problemas psicológicos. O elenco cumpre bem a parte que lhe cabe, incluindo Robert Duvall, que apesar do pouco tempo em cena, como o pai da jovem, é sempre bom de ver.

O resultado é comprometido pelo roteiro convencional, cujos desdobramentos não surpreendem e se desenvolvem de forma insossa, talvez pelo fato de que o protagonista tolo e mau caráter vivido por Keneth Branagh não seja lá dos mais atraentes para o público. O diretor de M.A.S.H. e O Jogador também não ajuda e, talvez por falta de experiência com thrillers, parece fazer uma trôpega tentativa de emular elementos dos filmes noir, a exemplo das cenas excessivamente sombrias que fazem as vezes do jogo claro/escuro da década de 40.

Nota: 4,0 (de dez)










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