Renato Cordeiro
Mais uma locadora - das boas - fecha as portas em Salvador. A Casa de Cinema está se desfazendo do acervo. O estabelecimento funcionava há anos no Rio Vermelho como uma opção para quem buscava filmes clássicos e cults. Apostou na segmentação, mas mesmo assim encerra as atividades. A GPW, na Pituba, e a Stax, na Barra, também não resistiram e saíram do mercado neste ano.
Parece inevitável que este seja o caminho para as locadoras, em tempos de internet e pirataria abundante, associados às TV's por assinatura e agora as locadoras virtuais como Netflix e Netmovies. Particularmente, mesmo com as facilidades de acesso aos filmes pela rede, que conheço bem, continuo locando filmes com certa regularidade, quase como uma espécie de militância de andorinha solitária para que estabelecimentos deste tipo se mantenham em pé. Até por que, convenhamos, não é tão fácil achar clássicos e cults na internet, onde a má qualidade de imagem e problemas de legendas são mais comuns do que o cinéfilo pode aceitar.
Resta saber, então, como reinventar o negócio e, sobretudo, fidelizar o cliente. Caberia à locadora funcionar como cineclube, com anuidade, exibição periódica de filmes, segmentação? Apostar na diversificação de produtos, vendendo livros, revistas, artigos associados ao cinema? Talvez. A arte pela arte já não vale mais para manter o negócio. Não basta ter um grande acervo disponível. Vender a experiência que vem com a partilha do filme, a criação de redes de cinéfilos, uma relação de pertencimento, isso sim, parece ser o pulo do gato.
Para mais informações sobre algumas boas locadoras que ainda restam em Salvador, clique aqui.
Para ler texto de Daniel Fróes sobre o film da GPW, clique aqui.
Parece inevitável que este seja o caminho para as locadoras, em tempos de internet e pirataria abundante, associados às TV's por assinatura e agora as locadoras virtuais como Netflix e Netmovies. Particularmente, mesmo com as facilidades de acesso aos filmes pela rede, que conheço bem, continuo locando filmes com certa regularidade, quase como uma espécie de militância de andorinha solitária para que estabelecimentos deste tipo se mantenham em pé. Até por que, convenhamos, não é tão fácil achar clássicos e cults na internet, onde a má qualidade de imagem e problemas de legendas são mais comuns do que o cinéfilo pode aceitar.
Resta saber, então, como reinventar o negócio e, sobretudo, fidelizar o cliente. Caberia à locadora funcionar como cineclube, com anuidade, exibição periódica de filmes, segmentação? Apostar na diversificação de produtos, vendendo livros, revistas, artigos associados ao cinema? Talvez. A arte pela arte já não vale mais para manter o negócio. Não basta ter um grande acervo disponível. Vender a experiência que vem com a partilha do filme, a criação de redes de cinéfilos, uma relação de pertencimento, isso sim, parece ser o pulo do gato.
Para mais informações sobre algumas boas locadoras que ainda restam em Salvador, clique aqui.
Para ler texto de Daniel Fróes sobre o film da GPW, clique aqui.