quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Missão Madrinha de Casamento


Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids, EUA, 2011). Direção de Paul Feig. Com Kristen Wiig, Terry Crews, Jessica St. Clair, Maya Rudolph, Tom Yi, Elaine Kao, Michael Hitchcock, Kali Hawk, Joe Nunez, Rebel Wilson, Melissa McCarthy.


R. Dantas

Tive uma epifania outro dia. Talvez minha missão seja ver filmes com potencial bagaceira e salvar você, incauto leitor, de perder preciosas horas de sua vida.

Missão Madrinha de Casamento é um filme sobre a loucura que acomete as mulheres, sejam noivas ou não, na iminência do dia mais importante de suas vidas (?!). Kristen Wiig é Annie, madrinha de casamento e amiga de infância de Lilian (Maya Rudolph). Annie é pobre, dona de uma confeitaria falida, não tem namorado e divide apartamento com dois irmãos esquisitos. Impossível sentir alguma identificação com ela, as situações em que se coloca – como dançar desajeitadamente na frente de um policial ou falar de seus problemas pessoais com os clientes da joalheria onde trabalha de favor – são ridículas e umas duas vezes senti tanta vergonha que quase parei de ver o filme, mas fiquei com preguiça de levantar da cama.

Os problemas começam quando Annie conhece a mais nova amiga – rica e linda – de Lilian. Annie, como madrinha, deveria ser responsável por organizar desde o chá de panela até o casamento, mas o fato de não ter grana e ser meio desajustada a impede de desempenhar com sucesso seu papel, lugar que Helen (Rose Byrne) assume com prazer e um certo desdém pela amiga pobre de Lil.

Então somos apresentados à amiga gorda e desajeitada que arrota e peida em público e diante de uma intoxicação alimentar não hesita em usar a pia do banheiro da loja chique como vaso sanitário. A casada, infeliz com a família que construiu e que tenta desesperadamente reaver o tempo perdido. A moça que casou cedo e só teve um homem na vida, que só faz sexo no escuro e debaixo das cobertas. E temos a noiva, tão sem brilho que quase esqueci dela.

Missão Madrinha de Casamento tenta com afinco ser engraçado, mas falha horrivelmente. As situações não são plausíveis, o elenco não é carismático e eu só conseguia pensar que Annie é severamente destituída de suas faculdades mentais.

Se houvesse mais cenas como a da mulher vomitando na cabeça da outra talvez fosse até engraçado. Eu sei que humor escatológico é forçar a amizade, mas essa foi a única vez em que ri alto vendo o filme.

Vale mencionar o policial Nathan Rhodes (Chris O'Dowd), o bom moço que com seu maravilhoso senso de humor quase salva o filme. Quase.










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