terça-feira, 10 de maio de 2011

Mais Forte Que a Vingança


Mais Forte Que a Vingança (Jeremiah Johnson, EUA, 1972). Direção de Sydney Pollack. Com Robert Redford, Will Geer, Delle Bolton, Josh Albee, Joaquín Martínez, Allyn Ann McLerie.


Renato Cordeiro

Belas paisagens naturais? Confere. Protagonista branco em busca de isolamento? Confere. Casamento entre protagonista branco e índia? Confere. Índios retratados como seres humanos? Confere. À primeira vista, Mais Forte Que a Vingança segue a tradição dos chamados westerns revisionistas reunindo algumas das situações mais recorrentes, mas a obra não se limita aos chavões. O trabalho conta com bela orquestração do cineasta Sydney Pollack, responsável por um filme intimista, que se desenvolve lentamente, mas mantém o interesse até o belo final.

A trama é centrada na história de
Liver Eatin' Johnston, um solitário montanhês que realmente existiu e era conhecido por escapar de várias emboscadas de índios. Robert Redford, nome costumeiramente ligado a um cinema de viés mais político, vive o personagem-título que busca deixar a vida pregressa e se isolar nas mais altas regiões do Oeste. Ele dá sorte e, no meio daquela região gelada, se depara com um eremita mais experiente na arte da sobrevivência, que passa algumas dicas para o novo vizinho. O veterano é responsável pelos momentos mais engraçados e até o mais comovente do longa, que não cabe entregar neste comentário.

Os personagens secundários são mostrados de forma econômica, o que faz todo o sentido para a trama, e apresentam ao espectador as ameaças que esperam pelo protagonista. Até mesmo um montanhês que já aparece morto cumpre bem o papel de boas vindas, em outro dos melhores momentos da produção. A cantiga executada periodicamente, sobre os feitos de Jeremiah Johnson, soa irritante no começo, mas acaba ajudando a reforçar o tom biográfico.

Nota: 7,0 (de dez)
















Um comentário:

  1. A história é muito boa ao ponto de impressionar.
    Um bom filme, bom divertimento. Já o tinha visto duas vezes talvez. A primeira vez na minha adolescência nos anos 70, depois no velho Corujão da tv globo.

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