domingo, 22 de maio de 2011

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas


Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, EUA, 2011). Direção de Rob Marshall. Com Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane, Kevin McNally, Sam Claflin, Astrid Berges-Frisbey, Stephen Graham, Richard Griffiths, Judi Dench, Keith Richards.


Renato Cordeiro

A resenha sobre o quarto exemplar da série Piratas do Caribe está seriamente comprometida por que este cinéfilo dormiu por pelo menos quinze minutos, dentro da sala de exibição. O fenômeno já havia acontecido no terceiro longametragem da franquia, No Fim do Mundo, de 2007, talvez pelos mesmos motivos. Ainda que uma desaconselhável sucessão de noites perdidas possa comprometer a disposição dentro do cinema, é bem verdade que as aventuras de Jack Sparrow vem se tornando maçantes faz tempo.

Navegando em Águas Misteriosas até consegue superar o trabalho anterior, mas não se trata exatamente de uma grande façanha, considerando-se que a última obra foi um momento esquecível da carreira do ator Johnny Depp. Logo no início do filme, a trama encadeia várias sequências de ação que não empolgam, incluindo uma perseguição em carruagens com ponta de Judi Dench. A bem da verdade, o protagonista continua carismático, mas a produção é longa e previsível demais para se carregar nas costas.

A trama é um arremedo daquelas narrativas gincana que marcaram os predecessores da série. O herói zarpa de um lugar para o outro, em busca da Fonte de Juventude, disputada por aliados de outrora e novos inimigos. O efeito é aquele já esperado: várias tramas paralelas que, forçosamente, vão parar em um mesmo destino. Um ponto positivo desta quarta produção começa pelo maior espaço oferecido ao mais novo integrante da saga, o vilão Barba Negra, vivido por Ian McShane, da saudosa série Deadwood. Bem melhor do que a constrangedora subutilzação de Chow Yun-Fat em No Fim do Mundo. Outro destaque é a luta com uma horda de sereias, que pontua o momento em que o filme volta a pegar ritmo, um tanto tarde demais.

Nota: 5,0 (de dez)








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