sábado, 14 de agosto de 2010

Shrek Para Sempre


Shrek Para Sempre (Shrek forever after, EUA, 2010). Dirigido por Mike Mitchell. Com vozes de Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaz, Antonio Banderas, Julie Andrews, John Cleese.


Bee

Shrek foi uma das animações que mais me empolgaram no cinema. Sua mistura de excelente técnica aliada à subversão dos conceitos dos contos de fadas, humor inteligente e ácido e um herói bastante anti-heróico transformou este bem-sucedido projeto da Dreamworks num clássico instantâneo.

É uma pena que suas sequências não conseguiram manter a mesma qualidade, sofrendo a já conhecida síndrome das continuações, que nunca correspondem às expectativas de seu público.

Não é que os outros filmes da franquia tenham sido ruins, longe disso. Mas a meu ver nenhum teve o sabor do primeiro Shrek, e me questiono se não é uma cruz que quase sempre as contuações terão de carregar, já que falta a elas justamente o que os filmes pioneiros trazem: o mistério do desconhecido, da ambientação nova, dos personagens enigmáticos e imprevisíveis.

Shrek Para Sempre não escapa da síndrome, mas nem por isso deixa de ser boa diversão, e vale a ida ao cinema. Afinal, não é à toa que tanta gente assiste seriados - não nos cansamos necessariamente de uma história, se ela for bem contada e continuar nos trazendo elementos novos, expectativa e boas risadas ou qualquer outro sentimento que a trama nos faça sentir. Neste novo longa - que assisti dublado (por falta de opção) e em 3D (e sentindo falta da voz de Mike Myers e até do Bussunda), Shrek, cansado da caótica vida doméstica de ogro pacato e pai de família, consegue, através de um contrato com o dissimulado Rumpelstiltskin, viver novamente um dia de sua vida antiga. Só que o custo disso pode ser muito caro: sua própria existência.

Trazendo os já conhecidos elementos gráficos, personagens recorrentes e a tríade Shrek, Burro e Gato de Botas - estes dois últimos totalmente subvertidos na realidade alternativa em que se encontra aprisionado - nosso anti-herói precisa conquistar novamente o amor de Fiona para se libertar. E vai ser difícil, já que a mocinha (?) se tornou uma William Wallace de saias, e nesse contexto tudo pode acontecer. O roteiro é ágil e não enrola. O 3D não faz muita diferença, então se quiser economizar algum dinheiro, esteja à vontade.


Para assistir: Com os filhos - ou não - numa matinê de domingo.


Frase do filme: "Alimente-me, se for capaz!"



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