sábado, 25 de setembro de 2010

A Casa do Lago


A Casa do Lago (The lake house, EUA/Austrália). Dirigido por Alejandro Agresti. Com Keanu Reeves, Sandra Bullock, Christopher Plummer.


Bee

Eu achei A Casa do Lago tão bonitinho que resolvi escrever sobre ele. Assisti num plantão de domingo bem maresia, com a equipe que estava comigo - metade já tinha assistido o filme antes, mas foi impressionante ver como todos estavam concentrados em novamente juntar as pecinhas deste lindo quebra-cabeças em forma de romance água com açúcar.

Romances não são minha especialidade, e eu assisto bem poucos deles. Mas eu já tinha me predisposto a conferir este quando vi o trailler no cinema, não só pelo enredo em si, mas pela música do Keane que foi usada nele, Somewhere Only We Know, que eu adoro. Detalhe é que fiquei esperando ela tocar o filme inteiro e nem sombra, me senti enganada!

De qualquer sorte, a história é boa. Sandra Bullock, no seu papel mais convincente e melancólico até hoje, interpreta Kate, uma jovem médica com uma história de desilusão amorosa no passado que não permite mais que as pessoas entrem em sua vida. Keanu, com o rosto mais cheio porém charmoso como sempre é Alex Wyler, um arquiteto também solitário com uma namorada chata e problemas de relacionamento com o pai. Um belo dia Kate se muda de uma casa de vidro sobre um lago e deixa uma carta para o próximo morador, Alex. Eles começam a se corresponder por cartas, e se apaixonam. Só que tem um detalhe: Eles estão em anos diferentes. O longa é uma adaptação de um filme sul-coreano chamado Il Mare, de 2000, o que pode explicar o tom sobrenatural do paradoxo de tempo.

O diretor é Alejandro Agresti, um argentino, e acredito que isso tenha influenciado positivamente na qualidade técnica do filme. Ele também é canceriano, o que pode explicar - para as pessoas que acreditam nisso, como eu - a delicadeza, a sensibilidade e o tom melancólico do remake.
Não vou detalhar a história, pois o que o filme tem de melhor é o roteiro e algumas sutilezas que dão prazer em descobrir, até porque a cronologia não-linear é bem gostosa. Os mais desatentos poderão se perder.

Não gostei do final do filme; achei meio apressado, como se a verba ou o prazo tivessem acabado e o diretor tivesse corrido para termina-lo. Mas gostei de ter assistido. O que é mais do que posso dizer da maioria dos romances que assisto.

Frase do filme: Me deixe deixar você ir.

Pra assistir: Num sofá confortável, tardezinha chuvosa, nos braços de alguém, tomando capuccino.






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