quarta-feira, 15 de setembro de 2010

1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer

Renato Cordeiro

Você pode encontrar muita coisa sobre cinema na internet, especialmente se considerar a existência do onipotente portal IMDB. Há uma gama de informações como sinopses, trilha sonora, fichas técnicas, merchandisings e o que você imaginar a respeito da sétima arte, tudo isso a poucos cliques de distância - e de graça. Em um cenário assim, quem precisa pagar por aqueles volumosos guias de cinema e vídeo? Bom, eu preciso, e isso nada tem a ver com a satisfação de ver um monte de livros sobre cinema empilhados na estante.
Um dos principais motivos para esta preferência é a comodidade da leitura, que ainda não foi superada por monitores de computador, por melhores que sejam os e-books atuais. O segundo é a possibilidade de ler críticas qualificadas sobre os filmes, algo descentralizado e nem sempre disponível na rede.
1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer segue aquela linha que fez sucesso depois do 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer. A premissa é a mesma: você fazer de conta que sua vida pode ser tão longa, e os afazeres tão ínfimos, que dá pra cumprir toda a demanda cultural que o livro sinaliza. Mas é um item bacana mesmo assim.
O livro, ao menos na edição que tenho, trata de obras a partir de Viagem à Lua, dirigido por Georges Meliès, de 1902, até Desejo e Reparação, lançado em 2007 sob a batuta de Joe Wright. A maioria das recomendações, como era de se esperar, são produções em língua inglesa, sobretudo dos Estados Unidos. Há uma ou outra coisa do Brasil, a maior parte bem previsível, como Deus e O Diabo na Terra do Sol, Cidade de Deus e O Pagador de Promessas. Algumas escolhas fazem torcer o nariz - o meu, por exemplo. Uma página inteira dedicada a Top Gun, quando obras maravilhosas como Os Intocáveis, Quando Fala O Coração e Curtindo a Vida Adoidado tiveram apenas meia, cada uma?
Apesar das inevitáveis controvérsias, a qualidade dos textos colabora para o bom divertimento. E mesmo não concordando com tudo, o livro tem seu valor, sobretudo por apontar algumas peças interessantes para completar o repertório cinematográfico.


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