quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Quincas Berro D’Água


Quincas Berro D’Água (Brasil, 2010). Direção e Roteiro de Sérgio Machado. Com Paulo José, Marieta Severo, Mariana Ximenes, Vladimir Brichta, Milton Gonçalves, Othon Bastos, Walderez de Barros, Carla Ribas, Luisa Proserpio, Flavio Bauraqui, Irandhir Santos, Frank Menezes, Luis Miranda.


Ema

Quincas Berro D’Água é a adaptação do famoso livro de Jorge Amado A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, e trata, como se pode imaginar pelo titulo, das aventuras de um morto pela noite boêmia da Salvador antiga, numa época que pode abranger os anos 20, 30 ou 40.

Para os que nunca leram o livro (como eu): Quincas morreu e seus amigos de farra, num misto de inconformismo com sua morte e dúvida acerca do óbito, resolvem sair com o amigo pela cidade para farrear, num ato que pode ser considerado como uma despedida simbólica dele.

A história em si é caricata, ainda mais quando se trata de um tema tão batido e já apresentado em diversos formatos. Quando do lançamento do livro, era sim uma história nova. Mas hoje em dia, não.

Como o livro se passa, em sua maior parte, em ambientes fechados, Sérgio Machado, de acordo com o próprio, fez uma livre adaptação da obra. Muito do filme se passa nas ruas de Salvador.

Aí, encontramos todo o folclore que se tem notícia da cultura da Bahia: candomblé, botecos, lindas negras, capoeiristas, classe média branca, estrangeiros, enfim, toda a fauna típica de Jorge Amado.

O filme é bem produzido? Sim. Bem atuado? Médio. Divertido? Quase. Bem dirigido? Não. Como a história é caricata, a direção fica complicada, e Sérgio exagerou na mão. Justiça seja feita, Paulo José está ótimo de Quincas.

Mas é interessante ver Salvador travestida, antiga. É interessante reconhecer as locações, os atores locais. Mas meu interesse parou por aí. Não indicaria esse filme pra muita gente se não fosse um filme brasileiro. Mas como é brasileiro, acho que vale dar uma olhada em nós mesmos e no que estamos produzindo.





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