sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Como treinar seu dragão


Como Treinar Seu Dragão (How to train your dragon, USA, 2010). Direção de Dean DeBlois e Chris Sanders. Vozes de Jay Baruchel, Gerard Butler, Craig Fergusson, America Ferrara.


Bee

Eu aprendi a ler com as maravilhosas histórias de Asterix e Obelix, dos franceses Uderzo e Goscinny - e isso explica inclusive muita coisa sobre minha personalidade. Eu me lembro que em uma das revistas os bravos gauleses, cuja única coisa de que tinham medo era de que o céu lhes caísse sobre a cabeça, encontrava um povo que proclamava não sentir medo de nada: os normandos.

É nessa linha de destemor que se encontram os protagonistas da nova animação da Dreamworks: Os vikings. Enquanto vilas de outros povos precisam lutar contra chacais, lobos, raposas, hienas, gafanhotos, mosquitos e toda a sorte de praga, os vikings sofrem, há muitos anos, com os ataques de nada mais nada menos que... dragões.

Isso, do tipo que cospe fogo e tudo.

A história se desenrola seguindo os passos de Soluço, o filho do chefe da vila de Berk. Apesar deste status elevado, Soluço é um rapaz um tanto problemático: ele é pequeno, magro, atrapalhado e inteligente, ou seja, ele é um nerd. O nerd filho do chefe viking. É uma história um tanto batida, mas nesse caso funciona perfeitamente.

Os vikings são especialistas em caçar dragões, sendo esta uma habilidade adquirida por pura necessidade, já que de outra forma a tribo já teria sido extinta. E dentre os vários tipos de dragões, existe o pior de todo: o Fúria da Noite. Ele não consta dos manuais. Ele nunca foi visto de perto. Ele é uma lenda lendária... E um deles é atingido por Soluço durante um ataque de dragões à vila, e cai.

Soluço, em sua tentativa de se mostrar digno de seu povo, vai em busca do dragão... E eis que se inicia uma amizade totalmente improvável.

É acompanhando essa amizade, suas ramificações e o conflito que isso gera na vida do protagonista que o filme vai deslizando por nossos olhos, impressionando pela beleza, pelo realismo dos movimentos, pela fluidez das imagens. Não só o roteiro é bacana, apesar dos clichês já previsíveis, mas a parte gráfica do filme - Dreamworks, né, minha gente? - é linda.

Para ver: Essas coisas muito bonitas eu recomendo ver no cinema full HD em casa. Se tiver Home Theater melhor ainda.

Frase do filme: Nós somos Vikings, isso é um risco ocupacional.




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